Não tem olhos solares, meu amor;
Mais rubro que seus lábios é o coral;
Se neve é branca, é escura a sua cor;
E a cabeleira ao arame é igual.
Vermelha e branca é a rosa adamascada
Mas tal rosa sua face não iguala;
E há fragrância bem mais delicada
Do que a do ar que minha amante exala.
Muito gosto de ouvi-la, mesmo quando
Na música há melhor diapasão;
Nunca vi uma deusa deslizando,
Mas minha amada caminha no chão.
Mas juro que esse amor me é mais caro
Que qualquer outra à qual eu a comparo
terça-feira, abril 19, 2011
terça-feira, abril 12, 2011
FÉRIAS DE MEUS SONHOS
Sonhar sempre ativou meu viver!
E desejos imaginários figuraram...
Mas jamais pensei em te esquecer,
Teus beijos pra isso colaboraram!
Uma cobiça era levar-te bem longe!
Numas férias intensas sem final...
E sob altos coqueiros verdejantes,
Amar-te com volúpia radical!
E na ilha deserta em te absorvido,
Deixaria a relação dos excluídos,
E seria o mais feliz dos mortais!
E no exalado devaneio em explosão
Viveria unicamente de teu coração
Com freqüentes evoluções carnais!
Jairo Nunes Bezerra
E desejos imaginários figuraram...
Mas jamais pensei em te esquecer,
Teus beijos pra isso colaboraram!
Uma cobiça era levar-te bem longe!
Numas férias intensas sem final...
E sob altos coqueiros verdejantes,
Amar-te com volúpia radical!
E na ilha deserta em te absorvido,
Deixaria a relação dos excluídos,
E seria o mais feliz dos mortais!
E no exalado devaneio em explosão
Viveria unicamente de teu coração
Com freqüentes evoluções carnais!
Jairo Nunes Bezerra
quarta-feira, abril 06, 2011
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades de Luis de Camões
"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já foi coberto de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía."
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já foi coberto de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía."
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